A conquista e o aniquilamento cultural das colônias por Portugal e Espanha são o ponto de partida de No Fim das Terras. O livro chega aos anos da ditadura militar no Brasil e, finalmente, ao tráfico de drogas no Rio de Janeiro. A postura crítica, o compromisso social e as preocupações formais revelam uma produção madura, poliglota e polifônica, da qual emergem imagens impregnadas de história e experiência. O livro conta com prefácio de Leopoldo Bernucci e posfácio de Ivan Teixeira. Sumário prefácio: A Poesia Douta de Milton Torres – Leopoldo Bernucci portugueses Hispaniao tempo e a LusitâniaMediterráneo, aguas de paradojaao fim das terras depus teus ossosde los altos de Finisterrao sino de CompostelaI adelante adelante!SevillaSetóbriga, o teu esqueleto aquáticoda memóriado falcoeiro del-Reysobre a álea do poder conjecturava elrrey Eduartequem bem negaceia a caça bem rege o reinoretrato do infante quando jovem“emtom deu huuma gram tirada pelLa pomtada collcha das carnesmas coitada de mim, menina e moçatambém da condição da mulherainda da condição da mulherda mulherdo impérioquestão a Lactâncioagulha de mareareu, Abraham bar Samuel bar AbrahamInfante-Santoha gram falleçimento de trigorôtas há tanto tempoquem a Quíloa chegarempresa marítimaescreve, escriba, que caibaencoberto descobertoachei Achém (achegas) ou os benefícios marginaisvisão de Afonso de Albuquerquesigno das águasArquipélago do Malucoo dente de Buda (trazido a Goa)e não se ladrilha o chãogolden Goacom lastro (e uma pouca de cousas) partem as nausMombaçamini-max colonialismmatriz das ilhas de maldito mar (encarte após a página)do pensar e do fazerDom Sebastião e o Christiani Pueri Institutioscholionda sapiência pré-experimental ou a universidade antigaÉvoraUniversidade de Évoramá alimentaçãovaga a coroa lusitanada antiga ordemfidelíssimo tem-me o Papademocrácio, oh pancrácioPombala outra face do iluminismoViradeira virou viradotudo perdi!, portulano da vã aventuranovo mundo a cova. entramos, e a tralhaQuetzalcoatlChilámpodrido el ojo del maízAméricamitaa leste das serras de Quito– os páramos, de Deus distantes?!Carlos Vhormiga, no es tu casaiconografia latino-americanaBolivia-Perúfala do Paraguaidon’t cry for me, Argentinaa la cordillera desnuda miran los cóndoresel Poder es hipócritaa Sehón, rey de los amorreosà Byzancetétrarches / peupleEuropa semperwith atomistic theories confronteddonde los paquidermos habitan– timeengenharia genéticain the darkno alheio tecido intestinaloh helmet mineto fightself-servicedonors and patronschiropracticinherit the prairieel mango o América malaus borderthe brave shall proceedbanana republicso noviciado de New Covenantpoemas brasileirosclivagemsanto de rocapor el Recóncavo caña y tabaco se tocansou Schömberg, o indistinto, afora o pedrouço do nomeSete Povospor las praderas dei Cielo cabalga Tiarajuacende o solGoyaz los ríos tiene encajados, Mato Grueso boqueronesAlcântaramal das bexigasanos passadosmadrigal a uma negrad’ourotuas águasrococode mão pesadaa Frei CanecaPedro, o primeiroPedro, tão pálidodo tempo na apertada fivelacafé do Paraíbacafé cortêstempo de MauáJoaquina do Pompéu dona mui façanhudaciclo da borrachares publicacapitólioBrasil – 70há pesos e medidas falsoscasta guerreiralitores e questoresos cães cara a cara, ou o cão no espelhoel lenga-lenga de los dioses su voz melifluarelógio d’águamulher que não pensaofício do arúspice ou arauto da área econômicaÁguas-Emendadaspimienta (en grano) y maíz, todo lo que consumeo cão predominante o chefe da matilhaa leveza da mãoidade de ferroelephants’ cemeteryfor Chicago – Chicago schoolingoscura sigue la nochelição de todosa morte anônimao caranguejo revira o outropartida de pertoo desapossado come e defecamercado de trabalhoo grão mirrado longe um do outrohomem de aluguelsobrevivênciaa bota geometriza o chão a cada passotato plantalquadras do SularrenegadoSurDona Mariahidrologiae o rabo-de-palha roçava pelo arpoemas do RioRio de Janeiro – 1900highway no centro do RioperíciaSão João Batistao primeiro cemitério verticalo chão cinzaRiofunk crak estuprose avexava o morro do ser aíCinelândia, andando em tornoCopacabanaposfácio: História e Estória em Milton Torres – Ivan Teixeira