Cada vez mais compreendemos que a Linguística Aplicada (LA) se relaciona com o mundo em que nos situamos. Esse entendimento tem provocado uma série de inflexões para os estudos do campo da LA ao analisarem o mundo em que vivemos. A presença paulatina de pesquisadoras e pesquisadores negros, comprometidos com a superação do racismo, trouxe indagações insurgentes para a Linguística Aplicada, inovando-a com a presença de novos e desafiadores caminhos, desdobramentos teóricos e abordagens críticas. Esses sujeitos e sujeitas, coerentes com o seu engajamento político e epistemológico, passaram a produzir conhecimento em uma abordagem interseccional na qual educação, classe, raça, etnia, gênero, periferias, sexualidades, linguagem, discurso, raça e poder, entre outros, são consideradas como importantes questões teórico-políticas e categorias de análise. Portanto, têm colocado o campo da LA em maior sintonia com as demandas da vida social da contemporaneidade. (...)