Schopenhauer e as formas da razão: o teórico, o prático e o ético-místico indica as formas do conceito razão no pensamento de Schopenhauer, quais sejam, a razão teórica, a razão prática e a razão ético-mística, sendo que esta última não foi cunhada conceitualmente pelo filósofo. O estudo defende que há um exercício racional que acompanha o raro acontecimento da negação total da vontade. Para tanto, os argumentos são, sobretudo, os de que: 1) a Vontade, após conhecer-se, mediante seu processo de Objektität, decide-se pela continuidade de sua afirmação ou então por sua própria negação; 2) o asceta, após chegar pela primeira vez (por meio de uma intuição súbita) ao conhecimento do todo da vida, opta por continuar ou não com ele e com a negação da vontade; decisão indicada nessa filosofia pelo fato de advir, na ascese extrema, uma clarividência da razão (Besonnenheit der Vernunft). Assim, embora se trate do fim das conceituações, isto é, do limite do "negócio" por excelência do filósofo, ainda há um papel da razão no momento de sua própria despotencialização.