A cada eleição testemunhamos o crescimento da importância das campanhas políticas, que seguem cada vez mais lógicas do mercado ao invés da política. O político tem que "promover" suas idéias, "vender" sua imagem expressões que causam estranhamento num campo como que deveria ser idealmente dominado pela exibição de desinteresse pessoal e moralidade. Ao mesmo tempo que goza de má reputação, o marketing político se apresenta como um "mal necessário", resultado de um processo inevitável. Neste trabalho, Gabriela Scotto se pergunta pelo conteúdo e pelas formas do fenômeno social identificado como "marketing político". Que atividades designa? Que práticas o definem? Quais são as características sociais dos agentes que as executam, e que representações as acompanham? Para responder a essas questões, a autora parte do reconhecimento e mapeamento do que é identificado com a expressão "marketing político" para, depois, apresentar as diferentes ações do marketing político e o que seus agentes fazem quando o estão praticando