A tônica que percorre as páginas deste livro pode ser resumida com uma das frases lapidares de Hegel: O que agora é razão antes foi paixão. Entendendo com isso que a razão e a paixão não se excluem, mas se complementam e se fecundam reciprocamente. É o resgate cuidadoso e contagiante dessas duas componentes tão necessárias para nossos dias repletos de desconfiança no valor da filosofia e na grandeza da política. Enquanto analisa o pensamento de Gramsci à luz dos estudos mais recentes, o autor nunca afasta os olhos dos problemas filosófico-políticos mais candentes de nosso tempo. Sua maior preocupação, de fato, é chamar a atenção sobre os atuais desafios que são postos à filosofia da práxis pelos complexos e contraditórios problemas de um mundo que se globaliza.