O livro de Valéria Zanetti - dividido em quatro capítulos - envereda pelos caminhos da história de São José dos Campos, localizada no Vale do Paraíba Paulista, para entender um discurso propagado por seus moradores: o da falta de identidade da cidade. No primeiro capítulo, a autora compreende como a doença de uma forma geral foi utilizada para justificar diferentes intervenções e melhoramentos urbanos no início do século XX. O segundo capítulo, São José dos Campos, cidade hospedeira da tuberculose, traz uma relação da tuberculose com os projetos sociais e políticos praticados pelo Estado no século passado. No terceiro capítulo, Médicos e doentes na cidade que salva: o mito de Babel, a autora apresenta a cidade estudada como um tubo de ensaio contendo diferentes fórmulas médicas, urbanistas e de convívio social. No quarto capítulo, as problemáticas em torno do conceito de identidade são discutidas. O livro fundamenta-se no conceito de Memória como atributo social, inscrito num suporte coletivo de significação.