Dando prosseguimento à reflexão sobre as relações entre fotografia e artes visuais nas primeiras décadas do século XX, a autora realizou uma investigação ampla em bibliotecas de São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Buenos Aires, Madri, Lisboa, Nápoles, Roma e Paris. Desse modo, a autora teve acesso a um conjunto de fontes qualificadas, que lhe permitiram aprofundar a discussão sobre as relações entre fotografia e surrealismo e sobre a constituição do conceito de nova visão. No caso do surrealismo, foram privilegiados quatro aspectos: 1 - a presença de imagens fotográficas em alguns livros de André Breton, 2 - as colagens de Max Ernst, 3 - os desenhos-colagem de Joan Miró, 4 - a prática fotográfica de Man Ray. A análise da nova visão deteve-se em três eixos: 1 - László Moholy-Nagy, 2 - Aleksandr Ródtchenko, 3 - a repercussão do novo ideário fotográfico no Brasil através das figuras de Mário de Andrade, Thomaz Farkas, José Yalenti, German Lorca, Geraldo de Barros e das revistas S. Paulo e O Cruzeiro.