Arrastava-se o ano de 1975, e o bicho estava pegando. Entre outras cobranças, o Brasil clamava por liberdade. Foi então que As Cobras saíram da toca para destilar seu bom veneno. Já cronista consagrado, roteirista e, quando sobrava tempo, saxofonista, o genial Luis Fernando Veríssimo deu vida ao seu par de ofídios que, sozinhos, já davam conta de externar muitas das nossas inquietações. Não satisfeito, o autor foi somando outros bichos, cada qual com seu toque de personalidade. Assim, sob o olhar curioso e irreverente de suas pequenas cobras, desenhou como poucos o cenário daqueles anos em que deixamos para trás o autoritarismo e reinauguramos a democracia. Arrasta-se o ano de 2015, e, para comemorar o quadragésimo aniversario de As Cobras, a Santa Sede: Crônicas de botequim põe seus boêmios escritores a reverenciar LFV, um dos autores definitivos no gênero. Para cada uma das doze tirinhas selecionadas, seis crônicas inéditas. [...]