Para um jovem escritor mineiro de Belo Horizonte, significava verdadeira consagração receber em 1942 uma carta nestes termos de ninguém menos que Mário de Andrade, monstro sagrado como Papa do Modernismo. Suas palavras constituíram extraordinário impacto para Fernando Sabino, então apenas com 18 anos de idade. E os contos do seu primeiro livro a que elas se referiam, 'Os grilos não cantam mais', vinham sendo concebidos desde os quatorze anos. Com o entusiasmo de sua juventude, Fernando Sabino respondeu emocionadamente, nascendo daí entre os dois, apesar da diferença de idade, uma amizade através de intensa correspondência que durou até a morte do grande escritor paulista em 1945.