"A quem interessa ler um autor que viveu e escreveu no século dezessete? O que teria a dizer, passados tantos anos entre sua obra e o nosso tempo? Ítalo Calvino afirmou que um clássico é aquele que não cessou de dizer o que tem a dizer e sua leitura, desse modo, renova questões do tempo presente. O clássico é nosso contemporâneo na medida em que pode nos mover das certezas cristalizadas a partir das quais pensamos e agimos. O livro que o leitor tem em mãos trata de alguns temas espinosanos - política, afetos, direito e suas intersecções-, bem como procura, no último capítulo, trazer as teses de Espinosa para as discussões contemporâneas de algumas vertentes do direito crítico. "