Quão justo é viver com o que pagam pela nossa força de trabalho? Como a sociedade lida com pessoas que não precisam vender sua força de trabalho para viver com conforto? E o que resta às pessoas que, por algum motivo, como a ocorrência de um transtorno mental, não podem vender essa força? A dificuldade de inserir o louco no mercado de trabalho foi um dos motivos do seu encarceramento em manicômios. Hoje, questionamos o que se propõe a essa população num contexto de desemprego até mesmo para pessoas consideradas muito capacitadas. Sugerimos uma abordagem radical da reforma do modelo de atenção à saúde mental, ampliando o debate em direção à superação do modo de produção capitalista.