Marlon Vilhena não se prende a só um tipo de construção. Nesta coletânea de contos, cada narrativa tem identidade própria e alicia o leitor para um mergulho sobre a existência, o estímulo, o abandono, a perda de Deus, sexo, amor, vida, morte, entre outros elementos. O estilo irreverente e anticonvencional do autor chama atenção pela urbanidade trágica, pela aparente (e perturbadora) insensibilidade e por um áspero humor de influências agridoces. Seu texto às vezes seco, quase perverso, às vezes de uma sutileza quase intimista, dá espaço a uma desconcertante liberdade e flexibilidade moral a quem o ler, para que defina (ou subverta) seus próprios cenários.