Olhar o imponderável nos olhos e assistir se derreterem, bem na sua frente, todos os planos, as promessas, as certezas. Entender, com a intensidade de um tornado soprando a cara, que a vida não é o que se quer, o que se imagina, o que se vislumbra: a vida pode ser uma sequência indigesta de desafios, dissabores, pequenos trotes de um deus sádico que não acredita em expectativas. E a literatura é uma ferramenta para contar, entender e, talvez um dia, aceitar. Os filhos que nunca tivemos é tudo isso junto: os planos, o tornado, as frustrações. As tentativas, a vida, a vida, a vida. O que se deixa para trás quando o seu grande amor não é quem costumava ser, quando já não o reconhece mais. O que poderia ter sido se a filha respondesse aos chamados, correspondesse às expectativas. Uma história com várias histórias Isabel, Antonio, Silvia, Sara, Janaína, vidas que se ligam, outra vez, no imponderável. Uma história contada com sensibilidade e doçura, mas com o pulso firme de quem já (...)