O ponto de partida deste livro se refere a nossa insuficiência. Torna-se importante reconhecer nesta abordagem de grupo uma problematização que, ao nos deslocar de nosso suposto saber, já tardava no plano de nossas discussões, de nossa política, de nossa sociabilidade... Uma nova suavidade engendra as tramas da Filosofia da Diferença. Suavidade cortante que, ao se entranhar na máquina sedentária do saber para desregulá-la, nos mostra que todo o saber é político e possui valor coletivo. Este livro constitui-se como uma pequena máquina de guerra que traça, com sua lâmina afiada, os contornos de um novo estado, de novos gestos, novas afecções e passagens. Livro que povoa o deserto e, ao mesmo tempo, desertifica o plano organizado do instituído, operando como plano de inscrição para novos movimentos enquanto ele próprio já se fez possível por todo um conjunto de condições que o tornou passível de ser pensado. Destituir a noção de grupo do caráter universal e unificado que insistiu e impregnou um modo de pensar e ordenar o social, além de dessubstancializá-lo para lançá-lo na trama de conexões rizomáticas e singulares.