Esta obra reúne ensaios de diversos autores acerca das injunções da modernidade que constrangem à exposição de si e ao fim da esfera da intimidade, dados os apelos das novas mídias, das tecnologias e da ciência. Os ensaios procuram responder por que e como a exigência pela visibilidade se tornou tão difundida nos dias de hoje. Ser visível apresenta-se como uma espécie de requisito para existir, e a subjetividade exibicionista sobrepõe-se à preservação de valores compartilhados. Sobressai o questionamento: ao concordar em nos reduzirmos à simples exterioridade, ao que oferecemos ao olhar do outro, não estaríamos renunciando a nossa mais profunda intimidade? A recusa em cumprir essa determinação da modernidade indica o desejo e a necessidade de preservar espaço para a experiência interior, fundamento último da liberdade do indivíduo.