Percorrer, através de sessenta textos, os dois últimos séculos da produção literária francófona da Bélgica, eis o desafio ao qual se propõe este volume e o prazer que ele convida seus leitores a desfrutar. Esta obra mergulha o leitor na extraordinária proliferação de uma literatura que começa antes mesmo da revolução de 1830, que funda o Estado belga. Uma literatura que oscila constantemente entre real e surreal, considerando-se que suas relações com a história, com a língua, com a forma e com o mito são tecidas incessantemente através de sutis descompassos, patentes ou escondidos, com os modelos franceses. Dividido em cinco grandes períodos cronológicos, este livro vai de Henri Moke, cujo primeiro romance, O vilão do mar, data de 1827, a Amélie Nothomb, passando por De Coster, Maeterlinck, Thiry, Dotremont, Kalisky, Mertens, Lamarche, Louvet... Também oferece aos leitores indicações sobre a produção em língua francesa na Bélgica até o final do século XVIII, além de biografias sobre cada um dos sessenta autores escolhidos. Ao restituir o enraizamento histórico e literário dessas obras, esta antologia proporciona a oportunidade de navegar no âmago de textos que fazem prova de uma real singularidade em relação à produção literária na França