As identificações são fundamentais, constitutivas e atravessadas pelo laço social. Pela sua cultura, política, época, pelas relações, pelos territórios habitáveis, por sua localização e posição subjetiva. Tudo isso atravessa o corpo. Não só atravessa, como marca, insiste, permanece. Isso determina modos de vida, a subjetividade, a singularidade e como esse sujeito também se coloca no social por meio do vestir.Pode parecer que o vestir fica distante ou diminuído diante das questões grandiosas e importantes da cultura e da política vigentes. Mas ele não o é. Os tecidos incidem no corpo e isso não acontece sem efeitos no psíquico, sem efeitos no olhar para o corpo, para aquilo que marca o corpo e que define o que é um sujeito a ser desejado. Por isso, esta obra é uma convocação para pensar sobre os efeitos do discurso da moda para além da obviedade. É uma convocação para olhar para si em meio a essas costuras que, em busca de fazer laço, podem fazer um nó.Olhar para si requer coragem(...)