Desde os estados melancólicos, que podem culminar em atos suicidas, até as paixões mais agressivas, que se manifestam em violência psicológica ou física contra o outro e até contra si próprio, algumas das formas do mal ocupam a literatura e as outras artes. Os ensaios publicados aqui tratam do mal e sua representação, uma tarefa espinhosa mas necessária, pois só conseguimos combater de maneira eficaz aquilo que conhecemos suficientemente. Os autores dos ensaios discutem tanto o lado estético do mal quanto os problemas éticos que ele provoca nas relações humanas. Eles desvelam a necessidade de transformar o horror em arte, cuja fruição se transforma em estratégia de sobrevivência num mundo que parece mergulhado no sofrimento.