Em sua tese de doutorado sobre moda, ao final dos anos 1940, Gilda de Mello e Souza falou de uma “estética sociológica” para indicar seu débito com seu orientador Roger Bastide, mas acabou “corrigindo” a expressão para “sociologia estética”. Agora leitores e leitoras podem conferir, em primeira mão, o que seria uma “estética sociológica”, expressão forjada por Georg Simmel (1858-1918) para intitular um de seus ensaios capitais dos anos 1890. Coligidos em torno dessa ideia, 18 textos abordam temas variados e de maneiras também variadas, escritos para contextos e públicos diferentes e com dicções distintas. Mas, em todos eles, pulsa a criatividade e engenhosidade espetaculares de Simmel, impulsionando-nos, incansável, a pensar com ele, a pensar para além dele e, assim, explorarmos um mundo que sempre pede para ser visto sob mais uma nova perspectiva.