Na década de 1970, o mercado de livros didáticos experimentou um crescimento vertiginoso no Brasil, em um contexto de expansão tanto do ensino como da indústria cultural. O cenário, que também era de acirramento da concorrência, naturalmente teve impacto sobre a configuração material e visual dos livros. Didier Dias de Moreas concentra-se particularmente no design de capas, que além de identificar e proteger as obras passavam a ter a função de atrair e persuadir o público a adotá-las. Havia, porém, um descompasso entre a visualidade do livro escolar e as linguagens visuais de outros meios. Como contraponto a essa realidade, o autor estuda o caso da editora Ática (que na década de 1980 se tornaria a maior editora brasileira em títulos e faturamento) e a renovação visual que ela promoveu por meio do trabalho de designers como Ary Normanha, Mario Cafiero, Sylvio de Ulhõa Cintra Filho, Elifas Andreato, entre outros.