Cabra-Cega, o filme de Tony Venturi, já se consagrou como uma das mais importantes produções brasileiras de 2005, acumulando prêmios em Festivais (levou seis prêmios no Festival de Brasília, inclusive ator e diretor) e elogios da crítica. Depois do documentário O Velho (sobre Luiz Carlos Prestes, de 1997) e o drama Latitude Zero (2000), Tony Venturi se consagra com esta história sobre os anos de chumbo da ditadura militar, ao mostrar como um homem envolvido na luta armada (Leonardo Medeiros) se refugia num apartamento no centro de São Paulo, nos anos 70. Seu chefe é uma figura misteriosa que aparece de vez em quando (Jonas Bloch). Sua ligação é com uma filha de operário comunista (Débora Duboc), que serve de enfermeira e faxineira do apartamento, pertence a um colaborador de boa vontade (Michel Bercovitch). Mas o cerco aumenta e a situação se agrava. O roteiro de Di Moretti tem edição especialmente preparada para a Coleção Aplauso. São dois prefácios (um do diretor e produtor, outro do roteirista), uma introdução, o roteiro com os respectivos comentários e a ficha técnica.