O que é mais importante: a fidelidade aos princípios religiosos ou a satisfação dos desejos sexuais? Nesse dilema, Eça de Queirós constrói uma severa crítica à hipocrisia e à corrupção do clero no século XIX. A trajetória de Amaro, pautada pelo egoísmo e pela frivolidade, bem como a devassidão e a falta de escrúpulos dos sacerdotes, marcam este que é considerado o primeiro romance naturalista português. Com sarcasmo e ironia, o livro aborda temas que, nos dias atuais, continuam chocantes, interessantes e pertinentes.