Debruçado sobre o seu tempo, com um raciocínio ágil e uma erudição de tirar o fôlego, o historiador e romancista Joel Rufino dos Santos dribla o senso comum para compreender, nos seis ensaios reunidos em A banheira de Janet Leigh, as transformações do mundo contemporâneo por meio de uma proposta interdisciplinar - ou "indisciplinada", como ele mesmo diz. De volta às searas que o consagraram - História, Literatura e Cultura -, o professor de Literatura da UFRJ conduz o leitor, com seu texto fluido e reflexivo, num passeio instigante por temas atuais, como a bioética, a internet e a crise do jornalismo escrito. Rufino também lança luz, questiona e observa criticamente o racismo à brasileira, bem como a legitimidade e os valores intrínsecos à literatura de consumo. Após o memorialístico Assim foi (se me parece), publicado no ano passado, o autor oferece agora ao público, com método, estilo e análise, uma apurada leitura do mundo hoje.