Durante o período em que tenho trabalhado em ambiente hospitalar e em que tenho lecionado nos mais diversos cursos de graduação e de pós-graduação (lato- e stricto senso), venho constatando a dificuldade que estudantes e profissionais da fisioterapia, medicina, enfermagem, medicina veterinária e nutrição apresentam ao analisarem os resultados da gasometria arterial. De um modo geral, estudantes e profissionais restringem-se, tão somente, ao exame corriqueiro do equilíbrio ácido-base e, portanto, deixam de explorar outros dois processos fisiológicos (ventilação e oxigenação) que frequentemente estão desarranjados nos pacientes avaliados. Além disso, é grande o embaraço em compreender os processos fisiológicos e fisiopatológicos ?representados? pelos valores dos gases sanguíneos e dos eletrólitos obtidos. Ao se formar, portanto, um hiato entre a clínica do paciente e os resultados gasométricos obtidos, subutiliza-se o uso da gasometria arterial.