A obra é uma pesquisa sobre nove artigos de Romário Martins escritos na primeira metade do século vinte, que para Antonio Paulo Benatte e Nelson Dacio Tomazi, 'Os artigos de Cafelândia constituem 'impressões de viagem'. Próximos da crônica, articulam um olhar entre o reconhecimento e o estranhamento, procurando desvendar e traduzir, para os paranaenses tradicionais, esse 'outro Paraná' que emergia como uma diferença. (...) Conclui Romário Martins que o norte, ligado a São Paulo por interesses industriais e mercantis e por vias de transporte e comunicação, era mais paulista que paranaense. Aponta a falta de um sistema de estradas e de uma política de incentivo comercial que articulasse os centros econômicos da região, ao mesmo tempo ligando-os às demais regiões do estado, medidas necessárias à integração do setor cafeeiro à economia paranaense.' É, portanto, obra que desvenda, dentro de uma perspectiva acadêmica, as diferenças existentes entre os paranaenses tradicionais do sul e os paranaenses do norte do Estado, que de certa forma perduram até o início do século XXI.