Desde que voltei de Cuba, formada em medicina, a pergunta que mais ouço é “como é Cuba?. Observei muitas especulações e fantasias sobre esse tema e, depois de tudo o que vivi e aprendi lá, me sinto no dever ético de expor situações que não são faladas sobre o país. Embora no Brasil exista atualmente certo preconceito com a formação em medicina na ilha, lá os índices de mortalidade materno-infantil e a expectativa de vida são comparáveis aos de países desenvolvidos. Em um país economicamente desfavorecido, que enfrenta tantas adversidades, como isso é possível? Por meio de minhas vivências pessoais, exponho os motivos de minha admiração por Cuba nesta obra que mistura autobiografia com análise técnica e conteúdo acadêmico. Ao falar sobre minha vida antes dessa experiência, trago um pouco dos desafios enfrentados pela população negra e pobre em meu país.