As leis, os tribunais, os recursos hoje colocados à disposição do cidadão e a retórica dos juristas transmitem a ideia da existência de uma sociedade justa e igualitária. Sob essa visão, todos os indivíduos teriam os mesmos direitos e deveriam ser tratados de maneira isonômica. Entretanto, o discurso não retrata a realidade de uma sociedade estruturada em camadas, ainda bastante desigual. O livro examina o posicionamento do STJ no julgamento dos habeas corpus impetrados sem defesa técnica, assim como a atuação das Defensorias Públicas estaduais nas impetrações dos writs na Corte. Foram analisadas decisões proferidas nos writs no período de três anos pela Presidência e pelas Quinta e Sexta Turmas. No primeiro capítulo, construiu-se o conceito e evolução do acesso à justiça. No segundo, detalhou-se o papel da Defensoria Pública como instrumento de acesso à justiça, delineando seu fortalecimento institucional e sua adaptação ao novo conceito de acesso à justiça. [...]