Talvez possa arriscar que o livro que o leitor poderá ler, pois não é para qualquer um, já que a complexidade é para quem pode, não quem quer, a meu juízo, surge duas perspectivas angustiantes: a) a do professor que é demandado por alunos que decidem compreender o modo de pensar que é apresentado; e b) do hoje professor que foi aluno e precisou procurar sozinho os caminhos de sentido. Então seria um livro para facilitar a compreensão? Sim e não. Sim porque traça um caminho, uma espécie de cartografia pela qual o leitor não iniciado poderá navegar; e não porque ninguém poderia escrever uma Introdução à Filosofia que fosse completa. É um convite, uma clareira de sentido que convida o leitor a ir adiante. A compreensão ocidental de filosofia da ciência com a pretensão de conhecer o mundo que nos cerca, no campo do Direito, precisa de acomodação. O gap filosófico no campo jurídico se apresenta na fusão entre misticismos, mitos, transcendências metafísicas que povoam o modo de pensar do agente jurídico. O nosso sistema de referências é multidimensional e a tarefa de situar o agente jurídico encontra, no livro de Adalberto, um norte (Prof. Dr. Alexandre Morais da Rosa).