A I República foi uma espécie de regime da ala esquerda da monarquia constitucional. Assumindo a quebra com o símbolo monárquico, pouco trouxe de novo ao programa progressista da monarquia. A grande diferença consistiu no facto de os mecanismos eleitorais (dominados pela fraude nos dois casos) terem sido capturados por um só partido, impossibilitando um pluralismo eficaz. A República foi, por isso, um regime estranho, simultaneamente “avançado” e “retrógrado”: uma república no mar das monarquias europeias, nunca conseguiu incorporar as mais “avançadas” tendências da época, como o sufrágio universal. No final, dela sobraram sobretudo os símbolos da soberania nacional: a forma republicana de todos os regimes desde 1910, o hino e a bandeira, para além da moeda, o escudo, cujo desaparecimento em 1999 marcou, precisamente, o fim da soberania monetária do país. A sobrevivência destes símbolos revela a corrente republicana que percorre o conjunto da experiência política contemporânea portuguesa.A I Republica foi uma especie de regime da ala esquerda da monarquia constitucional. Assumindo a quebra com o simbolo monarquico, pouco trouxe de novo ao programa progressista da monarquia. A grande diferenca consistiu no facto de os mecanismos eleitoraisA I República foi uma espécie de regime da ala esquerda da monarquia constitucional. Assumindo a quebra com o símbolo monárquico, pouco trouxe de novo ao programa progressista da monarquia. A grande diferença consistiu no facto de os mecanismos eleitorais (dominados pela fraude nos dois casos) terem sido capturados por um só partido, impossibilitando um pluralismo eficaz. A República foi, por isso, um regime estranho, simultaneamente “avançado” e “retrógrado”: uma república no mar das monarquias europeias, nunca conseguiu incorporar as mais “avançadas” tendências da época, como o sufrágio universal. No final, dela sobraram sobretudo os símbolos da soberania nacional: a forma republicana de todos os regimes desde 1910, o hino e a bandeira, para além da moeda, o escudo, cujo desaparecimento em 1999 marcou, precisamente, o fim da soberania monetária do país. A sobrevivência destes símbolos revela a corrente republicana que percorre o conjunto da experiência política contemporânea portuguesa