Uma escola com projeto próprio proporciona o debate sobre a afirmação de que a instituição escolar tem como missão fundamental contribuir para a melhora da sociedade por meio da formação de cidadãos críticos, responsáveis e que cumpram seu papel na sociedade. O sistema educacional não deve restringir-se a si mesmo, uma vez que provocaria, assim, a diminuição e o declínio da ética social. Como podemos, então, contribuir para a melhora escolar? A visão estritamente gerencial e empresarial da educação nos levaria aos silenciosos interesses da cultura neoliberal. É preciso, portanto, desempenhar, de forma crítica, necessárias estratégias ético-políticas que envolvam o colegiado, pois a participação dos componentes da comunidade escolar, bem como a realização de compromissos ideológicos e socioeconômicos, faz parte de uma escola com projeto próprio. A qualificação, assim, de uma escola enquanto organização, comunidade e projeto faz com que todos os membros que integram seus colegiados mantenham interesses em sua participação, estabelecendo uma construção coletiva em todos os segmentos escolares. Com isso, contribuímos para a formação de um Estado em que a gestão aberta e participativa sejam elementos constituintes da identidade escolar.