O sociólogo estuda as relações entre artistas, colecionadores e mecenas para compreender como interesses econômicos e de sociabilidade fizeram a história da arte no modernismo. Miceli investiga a natureza social e estética dos trabalhos de Anita MalfArtistas modernistas, mecenas, ricos colecionadores e personalidades influentes do establishment paulista são personagens e ilustrações de "Nacional Estrangeiro", ensaio do professor titular de sociologia da Universidade de São Paulo Sergio Miceli. No livro, fartamente ilustrado com imagens das obras analisadas, o autor amplia a compreensão sobre temas da história cultural, social e política do Brasil no período de formação do modernismo paulistano. Numa escrita clara e elegante, que não descuida da análise rigorosa, o autor refaz a gênese e os bastidores da produção modernista com um olho nas necessidades estéticas e outro nas circunstâncias sociais, como as vicissitudes locais de um mercado de artes em formação, a prática das encomendas oficiais e privadas, o mecenato e as subvenções.