Ser diferente é normal. Essa máxima vale para o gato Camões. Ele é feinho de dar dó. Tem bigode comprido, mas de um lado só. Suas orelhas parecem de um jumento. Seu passo é lento, lento. Enxerga só de um olho. De poeta só tem mesmo o nome, mas canta como ninguém. Ao anoitecer, corre para o meio da rua. Sobe no muro e mia, olhando direto pra lua! Nessa hora se torna o galã de todas as gatas que ficam apaixonadas com as belas serenatas. E assim, o gato Camões, vai cantando em cima do muro. Sentindo-se muito feliz. Camões nem se importa se é feio ou esquisito, pois quando mia no muro é o gato mais querido.