Sinal certo de saúde cultural de uma sociedade é a boa produção de obras de arte que nela acontece. E decorrência natural dessa disposição criativa é a existência de um aparato de apreciação das obras, de tal maneira constituído que não as deixe 'cair num vazio', passar despercebidas em meio à multiplicidade de informações dadas pelos meios de comunicação modernos ou pós-modernos. Este livro mostra que a reflexão sobre a atividade produtiva de arte permanece viva no país, fiel a uma tradição que vem do século XIX com Sílvio Romero e José Veríssimo e teve ou tem no século XX expoentes como Agripino Grieco, Geraldo Ferraz, Sérgio Milliet, Almeida Sales, Lourival Gomes Machado, Astrojildo Pereira, Alceu Amoroso Lima, Rubem Biáfora, Paulo Emílio Sales Gomes, Antonio Candido, Décio de Almeida Prado, Sábato Magaldi e Wilson Martins. 'Rumos da crítica' é lançado como uma visão atual dessa atividade e abrange as novas mídias, de que é exemplo a televisiva. Reunião de textos das conferências, e suas respectivas apresentações, do programa Rumos da Literatura do Itaú Cultural, em 1999, o conjunto desses ensaios transita de uma 'pedagogia da sensibilidade' até postulações como a das três matrizes da linguagem.