Aliando à erudição e ao senso didático a clareza expositiva dos diversos assuntos versados, o Autor aborda, com grande proficiência, o que se lhe afigura primordial à correta linguagem jurídica. Principia pelo Vocabulário Jurídico, considerando a palavra como o "cartão de visita" do advogado, acentuando o seu inexcedível valor para o exercício da advocacia. Examina o Código Ortográfico em vigor, bem como os Vícios de Linguagem de que se deve escoimar quem aspire a escrever segundo os cânones da língua padrão. A seguir, estuda um dos capítulos mais fascinantes e difíceis do nosso idioma - a Regência Verbal -, e, neste particular, inova, pois alista, num utilíssimo Glossário de Verbos Jurídicos, os principais verbos usados no Direito, fixando-lhes o aspecto regencial, o significado técnico e o adequado emprego. Elabora também o autor uma breve Análise Lingüístico-Formal do Código Civil brasileiro, não descurando de seus antecedentes históricos e da justeza da linguagem que o singulariza entre todos os nossos diplomas legais. Em Analogia e Etimologia popular, estudam-se as causas da maioria dos erros condenados pela norma culta do idioma. Reserva ainda capítulo sobre Estilística em que, afastando-se do tecnicismo, expõe os recursos que conferem expressividade às formas lingüísticas, com sua capacidade de emocionar e sugestionar. Finalmente, em Redação Jurídica, sugere fórmulas para bem redigir as várias peças processuais, fornecendo modelos de excelente aplicabilidade. E encerra com um Apêndice em que reexpõe as noções fundamentais da Lógica formal, tendo em vista desenvolver, pela coerência ou pelos artifícios do raciocínio, a melhor técnica de argumentação para convencer ou dissuadir. Mêrce de suas sucessivas edições, Português no Direito é hoje uma obra definitivamente consagrada por mestres, acadêmicos e por todos os que entendem ser o Direito não apenas uma ciência, mas também uma arte que se instrumentaliza através da palavra.