Este livro traz reflexões acerca do ensino-aprendizagem da língua estrangeira na infância. Pondera que o processo de aquisição da língua materna é o alicerce para a estruturação da aprendizagem de outros idiomas. O texto pontua que a utilização da língua materna ocorre em situações reais de comunicação, de forma fluente e por meio de mediações promovidas por pessoas do convívio do falante. Isto exige esforço e atenção, provocando a criança a se empenhar na busca de compreender e se fazer compreendida. As situações em que a língua materna é empregada estão diretamente relacionadas ao contexto e necessidades do falante. São necessidades básicas que devem ser supridas para sua sobrevivência e existência pedir, reclamar, oferecer, expressar dor, alegria, indignação, dentre outros sentimentos. Considerando estes aspectos significa tomar por princípio que, ao ensinar o novo idioma, este não pode estar distante do mundo da criança, mesmo sendo o idioma estrangeiro. Ainda que na escola - espaço formal de aprendizagem - ouvir e falar devem preceder o ato de ler e escrever. A espontaneidade dessa idade pode ser aproveitada para desenvolver a comunicação oral antes de a criança aprender a decifrar os códigos (letras) que representam os sons da fala e também traçá-los representando-os por meio da escrita.