Ao longo do livro, faço uma análise histórica das leis dietéticas, embora não cronológica, discutindo teóricos que se debruçaram na bíblia hebraica (principalmente nas leis do Levítico) e em escritos posteriores no intuito de encontrar a lógica por detrás da kashrut. Entretanto, o foco principal é a prática das leis dietéticas entre os judeus ortodoxos na contemporaneidade, salientando inovações decorrentes da incorporação da tecnologia na produção de alimentos, por um lado, e da radicalização da ortodoxia, por outro. Depois de explicadas as leis fundamentais da kashrut, são analisados manuais que orientam os judeus ortodoxos nessas inovações; rituais como a páscoa judaica (que exige a consumação de numerosas e complexas regras relativas à kashrut); e a contradição entre a vista grossa dos rabinos em relação às violações das regras da kashrut nas granjas e abatedouros que provêm as comunidades judaicas de proteína animal em contraposição ao zelo desmesurado na verificação de (...)