Em um esforço admirável de erudição e síntese, Modris Eksteins traça os paralelos entre as vanguardas artísticas modernistas, com sua sede por uma arte total, e o surgimento e desenrolar da Primeira Guerra Mundial, a guerra total. Mundialmente premiado, o livro que o leitor tem em mãos segue ele mesmo a estrutura de um drama em três atos. O cenário é Berlim, Paris, os campos de Flandres e as trincheiras. Seus personagens são artistas, escritores e políticos, que escreviam - sem saber - o roteiro da tragédia que eles próprios encenavam.No balé de Stravinsky que dá título ao livro, o público é transportado a um festival pagão de boas-vindas à primavera. Mas o que começa com a celebração da vida termina com o sacrifício de uma jovem. No pano de fundo histórico, um ano após a estréia do balé a Europa se veria imersa no conflito mais sanguinário que o mundo conhecera até então. Milhões de jovens que, no início do século, clamavam pela novidade e celebravam os novos tempos, s