Considerado um dos maiores cineastas alemães contemporâneos, Werner Herzog prova em Caminhando no gelo mais uma vez seu talento, desta vez, como literato. Neste livro, o autor coloca-se na situação limite de vida e morte, sanidade e loucura. Numa descrição minuciosa, ele reanima as paisagens, os animais e os homens, arrancando-os da realidade e transportando-os para um mundo visionário, onde a intensidade do sofrimento físico dá a medida da beleza. A experiência cinematográfica oferece uma nova dimensão aos escritos de Werner Herzog, a ponto de o próprio autor afirmar “gosto mais deste livro do que de todos os meus filmes”.