No exercício das atividades como chefe da regional paulista do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN), o arquiteto Luís Saia foi um dos personagens fundamentais para a prática da preservação no Brasil, especialmente do patrimônio ligado aos períodos colonial e do café, através da introdução de procedimentos de restauro, entre os anos de 1937 e 1975. Neste livro, ao realizar uma releitura crítica das intervenções realizadas, Camila Corsi Ferreira verifica a existência de referências a textos teóricos da restauração, como a Carta de Atenas (1931) e a Carta de Veneza (1964). Nessa perspectiva, avalia a presença de possíveis diálogos entre as teorias de restauro europeias, que serviram de base para a elaboração das cartas patrimoniais, e as intervenções de restauração empreendidas pelo arquiteto. CAMILA CORSI FERREIRA é Arquiteta e Urbanista, graduada e mestre pela Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo, e doutora em Teoria e História da Arquitetura e Urbanismo pelo Instituto de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo. Atualmente é Professora Titular do Instituto Presidente Antonio Carlos em Porto Nacional (TO).