Os índices de coleta de esgoto melhoraram bastante nos últimos anos no Brasil, atingindo mais de 60 da população, porém o tratamento ainda é muito baixo, da ordem de 20. Este é um dos indicadores que consta da edição 2011 do Atlas Soci-Água, uma versão atualizada do banco de dados georreferenciado sobre saneamento e saúde, irrigação para produção de alimentos e produção de energia em usinas hidrelétricas. O trabalho foi produzido pelo Instituto Virtual Internacional de Mudanças Globais (IVIG/COPPE/UFRJ) em parceria com Fundação Getulio Vargas (FGV), encomendado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia. Nele está um extenso levantamento sobre essas três áreas com a identificação dos problemas e sugestões de melhoria. Brasília, de acordo com o estudo, tem o melhor sistema de abastecimento e tratamento de água das capitais do País. O Brasil, no entanto, ainda precisa buscar soluções diferenciadas para as populações das periferias e da zona rural. O Atlas ainda mostra que existem cerca de quatro milhões de áreas irrigadas no Brasil, menos de 3 da área plantada no país, o que é baixo em relação à média mundial de 20 porcento. O coordenador executivo do IVIG e do estudo, Marcos Freitas, lembra que as maiores áreas irrigadas, entre todas as nações, estão na Índia, China, Estados Unidos e Paquistão. Nesta edição atualizada, participaram cerca de 30 pesquisadores do IVIG e da FGV, entre engenheiros, arquitetos, biólogos, geógrafos, sociólogos e economistas, coordenados pelo professor Marcos Freitas. O trabalho faz parte do projeto Impactos Sociais de Políticas Públicas relacionados aos Recursos Hídricos, do CT-Hidro (Fundo Setorial de Recursos Hídricos) do Ministério da Ciência e Tecnologia, que encomendou este levantamento ao IVIG em 2006. A primeira edição do Atlas foi lançada em 2009. O trabalho é o resultado de três anos de pesquisas que cruza dados a respeito dos temas abordados com informações sobre educação, trabalho e rendimento, domicílios, famílias e outros aspectos demográficos. A equipe do IVIG percorreu o País em busca dos dados que podem auxiliar o Governo na tomada de decisões estratégicas relacionadas a políticas públicas. O Atlas atualizado foi produzido pela Synergia Editora, com recursos da Finep e da COPPE/UFRJ.