A construção de uma hidroelétrica é gatilho para um professor revisitar o rio que lhe trouxe uma paixão por meio do mistério e a levou pela tragédia. Agora, sob o feitiço das rosas, ele cai nesse rio, cuja correnteza o levará a uma jornada de redescoberta. O professor tromba com a frágil condição do homem, espremido por uma sociedade faminta, que se alimenta dos recursos naturais de forma descontrolada. Percebemos que somos o combustível para uma máquina que dita o que você deve ser e como agir; que determina o que é antinatural; que humilha pelo bullying, pela homofobia, pela agressão física e psicológica. Mas não é a desesperança que corre nesse rio. Com uma prosa inspirada e cheia de poesia, Kizzy reescreve o passado para proteger o futuro. Mostra o real com simplicidade, e, assim, defende o direito de amar e o respeito à vida quando extrai de nós novas possibilidades. O Rio das Rosas Brancas guarda um segredo submerso pelas águas dos séculos, despertando como flor ao som da lágrima, ao ardor da prece. Uma ode à natureza, à diversidade e ao amor.