Pode-se ler A atitude macunaímica como uma interpretação da pesquisa de Mário de Andrade sobre o ser nacional, assim como um ensaio sobre o drama do relacionamento do artista e intelectual modernista com Macunaíma e o povo brasileiro: vendo-se de que modo o escritor, em diferentes momentos da existência, interpretou sua rapsódia do herói sem nenhum caráter, acompanha-se uma trajetória existencial (e trágica) a respeito da qual se pode encontrar neste livro uma espécie de biografia, com um rigor que não deixa de fazer jus ao pessimismo aludido pela autora de O tupi e o alaúde.