“Em minha teoria da evolução há problemas tão graves que jamais pude refletir sobre eles sem ficar desconcertado”, afirmou Charles Darwin no século passado. Apesar de suas pesquisas, fortalecidas por uma profunda intuição científica, ele não teve oportunidade de certificar-se de sua teoria. Segundo o cientista, a evolução das espécies aconteceria tão lentamente, que ninguém poderia observá-la. No entanto, 150 anos depois, os pesquisadores Rosemary e Peter Grant, da Universidade de Princeton, estudou o mais celebrado local da ciência da evolução: o arquipélago de Galápagos, no Pacífico, visitado por Darwin e por ele considerado “origem de todas as minhas visões”. Ali, os Grant observaram os tentilhões, aves típicas do local, cujos bicos inspiraram as primeiras sugestões veladas de Darwin sobre a teoria evolucionista. Mas se o cientista não pôde permanecer no local para comprovar sua teoria, Rosemary e Peter estiveram lá durante vinte anos. O relato está no “O bico do tentilhão”, de Jonathan Weiner.