O herói presente na literatura contemporânea em nada se assemelha ao modelo heroico da poesia épica, o semideus inatingível e distante da realidade. Este estudo busca esclarecer de que modo a perfeição das figuras míticas, cultivada pelos autores clássicos, foi suplantada por personagens ambíguos, muito parecidos com o homem comum. Para Victor Brombert, essa mudança foi fundamental para que a literatura se aproximasse do cotidiano e falasse mais de perto sobre a real condição humana. Tradução José Laurenio de Melo Sumário Agradecimentos 1. Modos Nada Heróicos 2. Georg Büchner: O Idioma do Anti-heroísmo 3. “O Capote” de Gógol: Os Significados de uma Desgraça 4. Homem do Subsolo de Dostoiévski: Retrato do Paradoxista 5. “Coração Simples” de Flaubert: Pathos e Ironia 6. Ítalo Svevo, ou os Paradoxos do Anti-Herois 7. Idiota Schweik, ou em Louvor da Astúcia 8. Frisch: A Coragem do Fracasso 9. Voz de Camus: Nem Santo nem Heroi 10. Primo Levi e o Canto de Ulisses Apêndice: A Testemunha de Svevo Índice Onomástico