Em toda a sua obra literária, Antoine de Saint-Exupéry desenvolveu uma espécie de “novíssimo testamento”, no qual é possível ver refletida toda a nossa busca pelo absoluto e por Deus. Em O Pequeno Príncipe, porém, essa ânsia do coração humano pelo infinito se revela de modo muito particular: há em suas páginas, de fato, uma série de referências religiosas e bíblicas no sentido mais profundo dos termos. Esta edição comentada — e, de muitas formas, desconcertante — desvela a palavra eterna que se esconde por trás de cada página do livro, abrindo nossos olhos para detalhes deste clássico a que, para nossa surpresa, talvez nunca tenhamos atentado.