Inesgotáveis são as tentativas de entender, explicar ou definir o amor. O que emerge, no entanto, das almas aflitas dos poetas é a constatação da existência de um amor que foge a dicionários, a regulamentos vários, que é primo da morte, fogo que arde e não se vê. Amor, estado de graça, poço onde se despejam lixos e brilhantes, orações, sacrifícios, traições. A despeito dessas tentativas vãs, uma questão quase filosófica se impõe: pode o amor ser biografável?