No Brasil a terceirização é caracterizada, em larga medida, pela precarização do trabalho: redução de salários e benefícios, aumento de jornadas de trabalho, geração de insegurança no emprego, quebra de solidariedade entre os trabalhadores, entre outros aspectos. Terceirizar ao máximo é entendido como trajetória desejável da empresa. Isto, evidentemente, trouxe impactos profundos sobre o mercado de trabalho e o sindicalismo. Este livro representa um esforço para retirar o falso véu de modernidade da terceirização, sem, no entanto, negar os fatores competitivos relacionados à especialização e escalas de produção e sem deixar de reconhecer os novos elementos de contradição que a terceirização traz para o mundo do trabalho e ação sindical. A obra reúne textos de pesquisadores sobre a temática das relações de trabalho, ligados a universidades como USP, UFSCar, UFRJ, UNICAMP e outras; de assessores que trabalham com o movimento sindical; e de dirigentes sindicais, de diferentes ramos, que integram a Central Única dos Trabalhadores (CUT). Há também gestores públicos, membros de organizações não-governamentais e convidados internacionais. Em suma, trata-se de um feliz encontro de olhares diversos sobre o mesmo objeto.