A Guerra Civil americana (1861-1865) determinou o tempo da emigração sulista e os seguidores da Confederação derrotada tiveram amplificado seu impacto, no Brasil, pelas repercussões de uma modernização acelerada que então se dava. As ciências, as novas tecnologias, os avanços na educação e o crescimento do comércio internacional sinalizavam que o progresso seria inevitável. De fato, o positivismo da época transformou-se em uma espécie de doutrina de fé. Conhecimentos pessoais, redes familiares, maçonaria, contratos comerciais, igrejas e outras associações formavam uma densa teia de relações, respaldando emigrantes que deixavam os Estados Unidos. É em tais termos que esse livro contextualiza a emigração de sulistas confederados, freqüentemente associados ao Velho Sul escravagista, mas que no Brasil pré-republicano foram interpretados sob o signo do progresso. Aqui eram Americans. Com o tempo, também viraram profundamente brasileiros. Analisa ainda suas contribuições para a agricultura, a religião e a educação brasileiras, bem como a instalação de denominações protestantes no país.