O que é o fim do mundo? Um juízo universal da humanidade, conforme dizem as Escrituras judaico-cristãs? Uma catástrofe ecológica, global e iminente, provocada pelo ser humano? A alegoria de um mundo que perdeu as suas (meta)narrativas, vogando sem destino após Auschwitz, Sarajevo, Kiev? O pretexto para a sedução do espectáculo, entre filmes-catástrofe e um delicioso imaginário da destruição? Ou o confronto de cada qual com a sua morte própria? Por que nos fascina e aterroriza este tema milenar, nunca resolvido – e o que temos a ganhar com a exploração do nosso próprio terror?