Droysen demonstra que pensar historicamente é pensar teleologicamente, sobretudo, colocando em confronto uma certa orfandade de destino e o impulso da vontade humana. Assim tem origem a compreensão da própria historicidade, que se verifica quando a consciência histórica capta o passado no presente e vislumbra o futuro, com um olhar nunca estático, visto ser uma avaliação e reflexão permanentes. De qualquer modo, o homem reconhece no presente uma eternidade que é divina, embora o presente mesmo não seja eterno, pois os vestígios do passado precisam ser reconhecidos para que ele possa tornar-se consciente da tradição que o antecede, a fim de não a repetir infinitamente. Além dos vestígios, a lembrança seria outro veículo privilegiado para que, por meio da hermenêutica, o presente pudesse compreender as ações humanas no passado.